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Rio, O estado que pede socorro

Rio, o estado que pede socorro.

No Estado do Rio de Janeiro, como em todos os Estados brasileiros os problemas de degradação ambiental estão por toda a parte, pois parece que a cultura da exploração destas terras está marcada no DNA do povo brasileiro. E se tratando do Rio de Janeiro, vamos falar de uns poucos exemplos, entre dezenas que poderíamos nos ater, mas a causa em todos eles é a mesma: os interesses econômicos falam mais alto que qualquer desequilíbrio ambiental.
                   
                              Preservação da Floresta da Tijuca


A Floresta da Tijuca, que é a maior floresta urbana do mundo é na verdade uma fração do que sobrou da Mata Atlântica, que vem sendo degradada desde a chegada dos portugueses e apesar de sua eminente extinção e da consciência de órgãos governamentais e civis nada de concreto é feito para acabar com a devastação desse ecossistema: a especulação imobiliária, o aumento das cidades e da poluição, a pressão demográfica e ocupação desregrada estimulam a degradação ambiental diariamente, tudo isso põe em risco as tentativas de preservá-la.
Existem vários trabalhos sendo feitos na tentativa de revitalizá-la, mas é difícil darmos crédito a eles pois, o mesmo governo que fala em preservação autoriza imensas áreas a serem desmatada. Como exemplo temos essa, que são palavras do governo:_ “Além do Elevado do Joá, a construção da Transolímpica também demandará a derrubada de vegetação. A obra vai suprimir 20 hectares, ou seja, 200 mil m² de Mata Atlântica na Zona Oeste.”


Revitalização da Baia de Guanabara

        
Ficou famoso pela mídia local o Plano de saneamento da Baía de Guanabara, que reúne 9 ações do Governo do Estado, para dar fim a sua herança histórica de degradação ambiental, que é imensa. É claro que esse processo de despoluição precisa ser assumido pela sociedade como um todo – em especial pelas prefeituras dos 15 municípios em seu entorno e por seus habitantes. Mas não há Plano Guanabara Limpa que dê jeito se não for diminuída, por exemplo, a quantidade de lixo que é jogada diariamente não só diretamente nas águas da Baía, mas nos leitos dos rios e canais que terminam em suas águas. Sem falar nos sucessivos aterros de que ela sofre para a ocupação irregular de moradores e empresas, e o desmatamento de manguezais e  matas ciliares de rios e canais que fazem parte desta bacia hidrográfica.

As nove ações que constituem o Plano Guanabara Limpa são:

• Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (PSAM)
• Ampliação dos Sistemas de Tratamento de Esgoto
• Projeto Baía Sem Lixo
• Programa Lixão Zero
• Programa Sena Limpa
• Programa de Revitalização do Canal do Fundão
• Compromissos Ambientais pela Baía de Guanabara
• Reflorestamento do Entorno da Baía de Guanabara
• Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG)

            Infelizmente o megaprojeto do governo do Rio de Janeiro para a limpeza da Baía de Guanabara visando a Olimpíada de 2016 foi drasticamente reduzido. O Estado cortou 95% da verba que havia prometido aplicar na despoluição do espaço para os Jogos de 2016. Com isso, ninguém acredita que a meta de despoluir 80% da baía seja alcançada até a Olimpíada. Isso sem contar que nem todos concordam com todas as maravilhas apregoadas pelo governo, pois hoje sabe-se que grande parte da verba destinada a essa revitalização desapareceu no sumidouro da corrupção e quase nada foi feito, juntando isso à incapacidade de nossos governantes, adeus revitalização para 2016.

O biólogo Mario Moscatelli, coordenador do projeto Olho Vivo, monitora há anos a situação dessa  baía. Para ele, o plano do governo para a despoluição do local incluído na lista de projetos para Olimpíada de 2016 é "uma piada de mau gosto" e "não passa de um puxadinho ambiental": _ "Com esses recursos, não vamos resolver absolutamente nada", afirmou em entrevista.
O fato de não serem cumpridas todas as metas para a revitalização de 80% da linda Baia de Guanabara deve ser vista por todos nós com um grande pesar, pois além de presenciarmos mais uma vez, o descaso com o uso dos altíssimos impostos  pagos por este povo trabalhador, vemos desperdiçada  mais uma grande oportunidade de fazer com que esse ecossistema  pare de ser agredido diariamente e ao mesmo tempo seja mais um orgulho para os cariocas. Na verdade, essa revitalização deveria ser feita mesmo antes em prol do meio ambiente e do povo que a utiliza e não deveríamos precisar de uma olimpíada paras que fosse concretizada.

Lagoa Rodrigo de Freitas, Revitalizada

   

A revitalização da Lagoa Rodrigo de Freitas, é um exemplo de que quando há interesse, o dinheiro público é bem usado e a natureza responde à altura.


Foi o Projeto de revitalização da vertente sul da Serra da Carioca, criado, em 2003, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, que fez um levantamento da situação ambiental da vertente da Serra da Carioca, e só assim, desenvolvel o Projeto de Revitalização da Lagoa Rodrigo de Freitas.


A Lagoa Rodrigo de Freitas recebeu despejos domésticos por longo período, e ainda os recebe acidentalmente, encontrando-se consequentemente, em processo de eutrofização. Melhorias feitas na expansão da rede coletora (galeria de cintura),em setembro de 2001, eliminaram parte desses despejos. Atualmente o grupo de trabalho desenvolve ações visando a revitalização da vertente sul da serra da Carioca.
Quando o projeto é sério, a população sente-se gratificada, e neste caso, passa a ver e utilizar de forma mais consciente uma área importante para essa sociedade.


              Revitalização do complexo lagunar da Baixada de Jacarepaguá

O Projeto de dragagem vai revitalizar o complexo lagunar da Baixada de Jacarepaguá, valorizando esse importante cartão-postal da Zona Oeste.

Esse projeto – que faz parte das obrigações do Caderno de Encargos das Olimpíadas de 2016 – visa a dragar e recuperar ambientalmente as degradadas lagoas da região – Marapendi, Tijuca, Camorim e Jacarepaguá –, além dos canais da Joatinga e de Marapendi.  As obras foram iniciadas em junho de 2014 (com duração de 24 meses) e terão investimentos de R$ 673.621.941,17.

A revitalização desta área foi uma conquista dos moradores  do local, que reivindicaram-na, e numa audiência pública na presenças de muitos deles, de representantes de universidades, de ambientalistas, e da iniciativa privada, conseguiram o aval para dar início aos trabalhos. Prova de que o povo precisa exercer o sagrado dever de exigir seus direitos perante o governo.


A dragagem de lagoas permitirá a construção de uma  ilha-parque com trilhas, quadras e jardins. O projeto de revitalização inclui ainda linhas hidroviárias e restaurante panorâmico num novo quebra-mar


Esperamos por mais revitalizações, não só no Rio de Janeiro, mas em todo o mundo, para que assim tenhamos mais e mais áreas onde o ser humano consiga viver em pleno equilíbrio com a Terra Mãe.



Fontes bibliográficas:

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1 comentários:

  1. PERGUNTAS:
    1) Você sabe quanto do nosso dinheiro (suados impostos) é gasto mensalmente em ações de despoluição e revitalização do nosso estado?

    2) Incapacidade, corrupção ou falta de vontade politica. Você acha que são essas as causas da grande demora para despoluir ambientes como a Baía de Guanabara?

    3) Você acredita que o poder público leva a serio o reflorestamento ou a proteção do que resta da Mata Atlântica do nosso Estado? Se acredita como explicar a autorização do prefeito para desmatar uma imensa área para a construção de pistas das olimpíadas?

    4) Você faz alguma ação em prol da preservação do meio ambiente, ou fica só no “bla bla bla”?

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